quarta-feira, 4 de junho de 2008

Dia da Criança - 1 de Junho


[Por razões tecnológicas o presente post, redigido para o dia 1 de Junho não foi editado atempadamente]


Parabéns a todas as crianças do mundo e oxalá todas pudessem sorrir como nesta foto.
As crianças são o melhor do mundo, diz o povo. Sim, a sua espontaneidade e a sua sinceridade deveriam ser modelo para nós adultos. É comovente ver a Maria a exclamar “uhau” por um gesto simples nosso ou por ver um objecto diferente. Ou ainda a alegria dela por irmos andar de combóio (actividade que a nós papás nos angustia tremendamente) ou por pararmos num parque de jogos por uns breves minutos. Cada instante é vivido com a plenitude do sentimento que ele desperta; o passado e o futuro não são, ou pelo menos não têm o peso que lhes atribuimos. Quando estão felizes, estão-no completamente e quando sofrem, também é plenamente.

Aproveito este post para uma reflexão um pouco mais séria sobre o lugar das crianças no mundo de hoje.
Nós adultos somos “bem complicados” no dizer do Principezinho. Temos a memória e o medo que nos impedem sobretudo de sermos felizes.
A verdade é que temos cada vez menos oportunidade de conviver com crianças para aprendermos com elas. Os casais têm cada vez menos filhos e, quando os têm deparam-se com dificuldades para as quais não estavam prevenidos.
Nesta cidade, por exemplo, temos experimentado situações que seriam irreais, não fossem elas biográficas. Não vou entrar em pormenores, mas apenas dizer que em conferências, museus e óperas elas não são bem vindas e à primeira oportunidade há sempre um ente falante que no-lo explicita. Para não falar nos transportes públicos absolutamente inadapatados à mobilidade reduzida.
Outra inadaptação da sociedade moderna à criança é a falta de flexibilidade e de diversidade nas instituições que as acolhem desde a primeira infância. Os horários são os do funcionalismo público para a maioria de pais que o não são. Como podem então os pais frequentar actividades em serviço pós-laboral, sejam elas de formação ou mesmo de lazer.
Felizes os que têm as avós por perto! Ou então contentemo-nos com as amas ou baby-sitter, se tivermos meios e coragem para lhes confiar os nossos tesouros.

Um abraço a todos e não deprimam. Acho que devemos é juntos procurar soluções e lutar pela sua implementação. Aceitam-se sugestões...